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Uma Exposição sem Fronteiras Visíveis

Atualizado: 11 de jul. de 2020

Toda exposição é resultante de um processo: de pesquisa, de discurso, de seleção e de curadoria. Temos estética e fundamentação caminhando lado a lado para a construção de um todo, que irremediavelmente direciona o olhar de seu visitante, e preferencialmente o provoca, o estimula e o instiga à reflexão.

Exposições devem dialogar com a realidade, para que seja possível uma verdadeira imersão.

Na mostra em questão, temos um diferencial que enriquece esse cenário, pois todo o seu processo transborda intrinsecamente o real que o compôs.

Cada frase, cada obra, cada pensamento foi dirigido por essa situação inesperada e pandêmica, que funcionou como uma impulsão para a transformação.

A forma como ela se constitui, também escancara a situação, a dimensão física dos objetos e do espaço expositivo se transporta para o plano digital.

As correlações do homem com este novo espaço poderiam sugerir apenas uma perda, mas acredita-se que essas formas de se relacionar com exposições possibilitem novas experiências, nas quais o visitante pode caminhar com os próprios pés, construindo a cada visita novos percursos, calcados em suas preferências e interesses. Significando e ressignificando formas de leitura e de interpretação das obras, dos textos e dos contextos.

Alargam-se, nesse sentido, os alcances, as proporções e as reflexões. Uma exposição virtual é, sobretudo, uma exposição sem fronteiras visíveis.


Mariana Boujadi - Professora de Conservação


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