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 Iara Fontes 

Sou Iara Fontes, tenho 18 anos e sou artista visual em formação. Cursei desenho artístico por quase 3 anos, e no início de 2020 ganhei bolsa integral para cursar a faculdade de Artes Visuais.

 

Hoje a arte é meu trabalho e minha vida. Além da paixão por pinturas e desenhos, sou escritora nos tempos vagos.

 

Já participei de duas antologias publicadas pela editora Andross e também fui indicada ao prêmio Strix da mesma. Participei também de projetos como o Mediação & Linguagem, da Secretaria de Educação de Santo André, o qual ganhei como melhor texto e produção audiovisual da região do ABC.

Foto 1: a artista

Foto 2: exercício de escala

Foto 3: atividade sobre Cultura

Foto 4: desenho 1

Foto 5: desenho 2

Foto 6: monotipia

Carta para um vereador da região:

São Paulo, a grande cidade. És a imensidão de gente, culturas e cores. E dentro dela carrega as maiores discrepâncias como sociedade e comunidade.

Como eu, mera cidadã, poderia sugerir mudanças na maior cidade do país? É completamente possível, sim. Nós somos a mudança que queremos ver. Temos o poder nas mãos, só temos que ter consciência para usá-lo.

Morando em plena capital de um estado tão grande, me vejo em meio à negligência dos governantes para com a população. É infeliz pensar em problemas ao redor, porque quanto mais observamos, mais notamos. Desde ruas esburacadas até falta de suporte à saúde e à educação. Mudei de bairro esse ano e até hoje não descobri onde fica o posto de saúde nem tive qualquer tipo de informação sobre o mesmo. É descaso puro. É engraçado pensar que mesmo em meio a todos os recursos da grande metrópole, apenas algumas pouquíssimas regiões vivem inteiramente bem, tendo o apoio do governo e a conservação do bairro. A desigualdade está presente até nos menores detalhes.

E para melhorar esse sistema fajuto que chamamos de democracia, o ideal seria conscientizar a população, informar e educar mentes críticas. Não se pode ter medo de criticar, mas sim de ser ignorante. Ignorar os problemas não vai resolvê-los nunca. Temos de problematizar, sim! Se quisermos a mudança, temos que fazer a mudança. Nós somos capazes, somos a voz do poder! É aquele ditado, a união faz a força. Os vereadores são a voz da união, ou deveriam ser. Temos de fazer acontecer.

Iara Fontes

Direitos dos cidadãos na minha comunidade

 

Quando se pesquisa sobre os direitos do indivíduo enquanto cidadão, percebe-se o quão discrepante é a realidade em comparação com o utopismo presente em tais direitos. Algo tão simples como a igualdade que deveria ser garantida independente de gênero, cor de pele ou orientação sexual, torna-se impossível na sociedade atual, que está imersa numa cultura retrógrada e preconceituosa.

Observar o mundo ao redor, para uma mente minimamente consciente, é o mesmo que entrar em profundo desgosto. E o mundo não está assim tão longe, não é apenas o que se passa a partir do portão de casa, mas também o que acontece da porta para dentro. Hoje em dia é extremamente comum notar adultos conservadores, moldados por uma geração anterior ainda mais arcaica. E isso reflete diretamente nas crianças e jovens atuais, que desde que nascem são privados de ter a vida igualitária prevista na Constituição Cidadã. Estamos tão acostumados com o pensamento reacionário, que ao notar o que a sociedade deveria ser, consideramos algo impossível de se concretizar.

As comunidades atuais são intimamente lideradas por padrões histórico-culturais de tempos passados, os quais deveriam ter seguido em constante evolução, mas que em grande maioria seguem estacionados. É quando a desigualdade social é tão grande, que muitos cidadãos não são tratados como cidadãos. 

No meu bairro, assim como, creio eu, na maior parte do país, apenas uma pequena quantidade de famílias privilegiadas, têm em seu dia-dia uma quantidade considerável de direitos cumpridos. O que isso significa? Idosos que morrem à mercê da sorte, crianças que passam sua infância sem saber o que é ser criança, jovens que se calam e renegam seus direitos por medo de se expressar. A lista é enorme, sendo discrepante com quase todos os direitos que deveriam ser garantidos.

E o que nós, enquanto cidadãos, deveríamos fazer para mudar isso? Primeiro é preciso reconhecer o que está acontecendo de errado a nossa volta, que inclusive é passo mais simples e importante de todos. Os cidadãos têm consigo um poder enorme, que quase nunca é lembrado: a voz. Temos que aprender que juntos, podemos, sim, mudar o mundo. Porque vozes que gritam, são ouvidas. O maior erro do indivíduo é se negar a ser crítico, a entender a vida como sociedade e o papel crucial do cidadão. Somos ensinados a aceitar o que nos é dito, sem ter a chance sequer de analisar o que estamos aceitando. O medo da repressão é maior que o direito de contestação. Parece tosco, mas é preciso ensinar as pessoas a pensarem, pois muitos se esquecem dessa virtude tão simples e curiosa que é o poder do pensamento humano. E o pensamento crítico é algo que deveria ser impregnado nas raízes culturais da sociedade, para que esta se tornasse minimamente igualitária. A partir disso, todo o resto se desencadearia naturalmente, de forma a tornar nossa comunidade mais justa e, logo, mais humana.

Iara Queiroz de Fontes Silva

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